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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O batatal


As batateiras começaram a nascer, viçosas e bonitas. Não todas ao mesmo tempo como gostaria, mas por causa de um erro que cometi. 
Como já aqui referi, este ano foi atípico no que diz respeito a chuva, e as sementeiras tiveram que ser adiadas porque com terrenos alagados nada se planta… a não ser arroz. 

Aproveitando a melhoria de tempo na Páscoa e numa corrida contra o tempo, semeei 1/3 do que pretendia, já que a chuva lembrou-se de marcar presença novamente, antes de nos deixar entrar definitivamente na primavera. Os outros 2/3, semeei-os duas semanas depois debaixo de forte calor. E este foi o erro. 
À medida que a manhã ia avançando, o termómetro subia com a mesma rapidez com que a terra secava, e porque não acredito em coincidências, todas as sementes que foram cobertas com a terra seca e quente demoraram a emergir. 

Veja-se o aspecto das primeiras plantas. Aqui, nota-se bem o espaço que deixei entre os regos, que me favorecerá a eliminação das indesejáveis ervas daninhas, o recobrimento das plantas e qualquer eventual tratamento. À esquerda, repare-se que as plantas ainda não brotaram.

Batateiras acabadas de nascer

Eis o aspecto das batateiras 1 mês depois de semeados os últimos pés, notando-se bem a diferença entre as que semeei em primeiro lugar (à direita) e as últimas (à esquerda). Cheguei a pensar, que estas não chegassem a ver a luz do dia. Mas enganei-me.
Já são visíveis os camalhões formados pelo recobrimento dos pés das plantas.
Como o terreno esteve a monte cerca de 3 décadas, e ser pobre em nutrientes, reforcei a dose de adubo que utilizei na sementeira, espalhando um pouco de Foskamonio 10+10+10 à superfície.

Batateiras com cerca de 1 mês e meio

Eis o batatal na sua máxima pujança. Espero que o resultado final traduza o aspecto, que por agora me regala os olhos. Porém, não me esquecerei do erro cometido.

Batatal com 2 meses  Batatal com 2 meses

Até agora, a aposta que fiz ao intervalar os regos mais do que o normalmente por aqui é prática corrente, foi ganha. Os caules são fortes e a rama verde e espessa.
Os cuidados que a terra e as plantas me mereceram foram diversas sachas para a eliminação das ervas daninhas, a fim de que na disputa pela absorção dos nutrientes da terra estas não saíssem a ganhar e não impedissem o crescimento das batateiras, e a pulverização a cada duas semanas com CIMOFARM, por precaução contra o míldio.

Aguardo pacientemente pelo resultado final.

Semear batata

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Após a partilha da batata, chegou a hora de a lançar à terra.

Na zona onde me encontro (Entre-os-rios, Penafiel), a batata é normalmente semeada a regos, intervalados com a largura aproximada da folha da enxada. Esta prática, que acredito que terá mais a ver com o aproveitamento do espaço a cultivar, do que qualquer outra coisa, por fazer com que as plantas fiquem muito juntas, não permite o seu crescimento normal, dificilmente permite a sacha e a amontoa, e dificulta o tratamento contra eventuais enfermidades.

Depois de ler e informar-me, decidi fazer a plantação mais espaçada, e utilizar o motocultivador na abertura dos regos para a sementeira. Utilizei uma bitola de 65cm entre regos, que foram abertos dois a dois, com a alfaia regulada para sulcar a terra imediatamente atrás de cada roda.
A razão porque me decidi pelos 65cm entre regos, prendeu-se com o desejo de ter espaço para caminhar entre o batatal quando proceder à monda das ervas daninhas, facilitar o tratamento localizado e me permitir a apanha mecanizada.

Previamente, como já aqui dei conta, este terreno que durante anos não foi trabalhado, foi totalmente revolvido, e repousou cerca de 30 dias. Fresei-o agora com a ajuda do meu fiel motocultivador Staub PP2X. A terra ficou macia e destorroada. Para abrir os regos, também utilizei o motocultivador, equipado com duas alfaias abre-regos a par.

Abertos os regos, coloquei as sementes a uma distância de 40cm entre si, intervaladas com um pouco de adubo NUTRI+ pulverulento, tendo o cuidado deste não ficar em contacto com a semente. Como o terreno esteve a monte cerca de 3 décadas, e ser parco em nutrientes, reforçarei a dose de adubo mais tarde, quando as plantas tiverem cerca de 20cm e antes da primeira sacha, espalhando um pouco de Foskamonio 10+10+10 à superfície.

Porém, eu esperava que fosse mais fácil o tapamento dos regos onde foram colocadas as sementes a 40cm entre si. O que previ, foi a passagem do motocultivador entre os regos e proceder ao tapamento e criação de camalhões, mas tal mostrou-se impraticável, já que a terra se encontrava muito macia, e tornava-se impossível definir a trajectória do motocultivador de forma rectilínea, sem que se deslocasse para dentro dos regos semeados. Na próxima sementeira, intervalarei os regos cerca de 85cm. Desta forma, creio que ultrapassarei esta dificuldade.

Necessitei então, de encontrar uma situação alternativa, sem recorrer à enxada. E a solução por que optei, foi o tapamento dos regos por arrasamento com o auxílio de um ancinho.
Esta solução trouxe-me um trabalho adicional, que foi o recobrimento parcial das batateiras após a emergência, mas resultou.

Espero pacientemente pelo resultado final.

domingo, 20 de outubro de 2013

A batata de semente


Batata de semente

Chegou a hora de adquirir a batata para a sementeira, que este ano será tardia. A chuva teima em não nos deixar, os campos estão impraticáveis, e as culturas atrasadíssimas.

Estou num verdadeiro dilema, já que a oferta é grande, e todos com quem falo não são suficientemente isentos e imparciais na hora de me darem a sua opinião.
Desloquei-me então à Cooperativa Agrícola da Maia, onde compro grande parte do que preciso para estas andanças, e entre as denominações DESIREE (Holanda), STEMSTER (França) e YONA (França), optei por esta última.

A razão da minha escolha, resultou da consulta de documentação disponível na internet (aqui), que coloca esta semente entre as menos conhecidas, mas das mais produtivas, e com menor factor de risco quanto a pragas e agentes externos, sendo estes últimos factores, os que mais me preocupam.
Tive a preocupação - para evitar dissabores - de adquirir semente certificada. Recordo, que nestes casos, a etiqueta informativa e de controlo fitossanitário deve vir cozida directamente ao saco, e não colada, ou amarrada.

Adquirida a semente, verifiquei que não estava ainda grelada, pelo que espalhei os tubérculos num tabuleiro, para que os pequenos grelos se desenvolvessem. A baixa temperatura que se fez sentir no mês seguinte, pouco contribuiu para o crescimento das protuberâncias, pelo que, a 19 de Abril decidi não esperar mais e procedi ao corte (partilha) das batatas para semear, mas não, sem que antes as fizesse permanecer 12 horas envoltas em cinza de madeira.

Daqui, foram directamente para a terra.